Nascido peruano de Trujillo e criado no Brasil, o cantor e compositor George Arrunáteghi tem sólida formação musical, iniciada na infância, com as  lições de piano e a descoberta do canto. Suas aptidões e repertório sofisticado estão em evidência desde o disco de estreia e nas inúmeras apresentações realizadas no Brasil e no exterior: Lucio Dalla, Fito Paez, jazzsongs autorais e MPB demonstram sensatez nos arranjos e qualidade nas gravações.

Com mãe pianista clássica e pai aficcionado por jazz, George e os irmãos cresceram ouvindo peças de Chopin, Beethoven e Liszt, assim como o jazz instrumental de Benny Goodman e as requintadas canções de George Gerschwin e Cole Porter.

Do pai peruano, George herdou ainda o idioma espanhol e o interesse pelo cancioneiro sulamericano.

Os estudos musicais começaram cedo quando, aos 9 anos, foi estudar na prestigiada Fundação de Educação Artística (FEA) de BH. Iniciou aprendendo flauta doce, passando em seguida para o piano e, a seguir, para o canto. Sua estreia como intérprete aconteceu em 1989, em Istambul, Turquia, ocasião em que entendeu que sua vocação para o canto era urgente e decisiva. Ao regressar da temporada na Europa, buscou aprimorar-se ainda mais atuando, a princípio, nos corais Julia Pardini e Madrigale, ainda em Belo Horizonte. Simultaneamente, seguiu com seu estudos de piano, chegando a a interpretar peças de nível avançado.

Em 2002, George mudou-se para Los Angeles, EUA, onde aprofundou seus conhecimentos sobre jazz, interpretação dramática, espetáculos musicais e cinema, tendo, inclusive, atuado em alguns filmes. George estudou a trajetória do jazz, desde os pioneiros, como Louis Armstrong, as orquestras de Benny Goodman e Glenn Miller, entre outros, os clássicos, como Frank Sinatra, os contemporâneos, como Carmen McRae, até a atual tendência do crossover, que tem na polonesa Basia (Barbara Trzetrzelewska) uma de suas principais representantes.

Na seara pop, acompanhou o trabalho de artistas como o trio australiano The Bee Gees, o casal Gloria e Emilio Estefan (cantora e produtor, ambos de origem cubana) e a banda britânica Supertramp.

De volta ao Brasil, em 2009, passou a estudar canto profissionalmente na Babaya Casa de Canto, dando continuidade ao aprimoramento de sua técnica vocal. Na mesma época retomou os estudos de piano, agora com ênfase no repertório popular.

Durante esta temporada de estudos no Brasil, ampliou sua carreira profissional, apresentando-se regularmente ao lado de expoentes da música mineira.

A necessidade de experimentar novas trilhas levou Arrunáteghi de volta a Los Angeles, onde, em 2014, atuou junto ao Metropolitan Master Chorale, sob a regência do maestro Glenn Carlos. Ainda na cidade californiana  conheceu Pat Whiteman, respeitada professora de técnica vocal e dramática, com quem segue trabalhando.

Atualmente, por conta de sua especial extensão vocal de baritenor - capacidade  vocal  rara - e  de sua afinidade com os idiomas italiano, francês e espanhol, além do português e do inglês, e do trânsito entre os gêneros brasileiros, europeus e norte-americanos, George Arrunáteghi é denominado, internacionalmente, como artista cross cultural e atua ainda como cantor de pop jazz.

George Arrunáteghi In Camera, levado ao palco do teatro de câmara do Cine Theatro Brasil, de Belo Horizonte, foi o espetáculo que marcou outro retorno do artista ao país, em 2016. Acompanhado por João Paulo Suzano ao piano, George fez uma síntese de sua carreira - standards do jazz e da Broadway, sucessos de Hollywood e  Broadway, temas de produções da Disney (Proud of Your Boy e When You Wish Upon a Star), clássicos italianos e franceses, canções de Chico Buarque - e apresentou ao público mineiro algumas canções do CD de estreia.

Apresentou com sucesso, em Miami, show onde interpretou canções do primeiro CD  Let´s Fall in Love mescladas a outras composições que integram o mais recente: Tropical Romance, que mostra maior afinidade com a produção musical contemporânea.

Arrunáteghi vem lançando, ainda, singles pelas plataformas digitais.  How You Gonna See me Now, Never Gonna Let You Go, Renascer, Ave Maria e Porto Solidão, com os quais mostra com excelência  sua arte crossover.